Decidi preparar um jantar, para apresentar uma pessoa nova.
Comprei copos de diamante, talheres de marfim, loiça chinesa,
Li livros de culinária e etiqueta para ter maneiras à mesa.
Redecorei a casa em tons vivos e vibrantes,
A mesa de mármore, a toalha de seda,
As paredes sem rachas ou manchas brilhantes.
Os convidados chegaram, curiosos com a visita
E com eles vinha o ogre, sempre parasita.
Num apronto se sentaram prontos para devorar,
A fonte do odor que acabara por se instalar.
Ergui-me para dividir o animal,
Ao fazê-lo apercebi-me de que algo estava mal.
Os convidados estavam mortos, de figura empalhada.
O ogre, claro culpado, fugia do local,
Com vergonha do ato que o meteu em tal alhada,
(Talvez seja eu o culpado por esperar mudar um ser tão bárbaro)
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