A todos que me vem dizer o que sentem

 

A todos que me vem dizer o que sentem

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A todos que me vem dizer o que sentem

Eu digo o que sinto.

Olho em volta e encontro rasgos de folhas,

pequenos pedaços que dizem de mim

aquilo que eu quero.

Os prazeres de uma resposta incompleta.

Todos me dizem que sonhar

é para um louco.

Eu sou louco porque respiro o que sonho.

Sou dono da minha loucura

porque ela um dia irá fazer sentido.

 

Só vos quero em mim,

só vos quero neste barco

que rema para verdades desconhecidas,

obscuras, que passam ao lado

da minha vontade de ser igual.

Que será dizer, nenhuma.

 

Um mapa com pedaços de vida,

um mapa em branco

que me diz o que procurar.

Consigo ver nele o que quero,

o que sinto que quero.

O poder é imenso para mim,

quero ajuda, não encontro

quero o que não me procura.

Quero-te a ti e não sei onde estás.

Volta!

Volta para mim, continuo a navegar sem sentido.

Acho que te procuro.

Vejo silhuetas de gente,

ouço gritos de gente,

que queria vir a descobrir quem são.

 

A vida é firme, usamos o ferro,

é alimento, é saudade, vejo a ferrugem

ficamos como memória.

A vida é eterna para que o corpo descanse,

a alma existe sem o corpo.

Vamos partilhar e juntar um corpo,

e uma alma de alguém

Somos como toda a gente que sonha.

Somos como a gente que olha para o mapa

em branco e encontra o caminho,

somos ferro que dá ferrugem.

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