Portuguese
Sou essa rocha onde,
tu, meu mar, me vens salgar
para depois, em nova onda,
provares o tempero.
Tenho seios esculpidos
em tuas mãos de espuma,
que aguardam teus dedos,
teu toque, tua boca húmida,
num frenesim de relevo.
Habito nessa fronteira
onde tu te fazes meu
e eu desapareço em ti.
São nessas cadências
que existo, no pulsar ritmado do teu ser
que me reclama, chama de sua,
em marés, de sabor a maresia,
com gritos de prazer.
Sou essa rocha,
morada do teu desejo,
que te dá forma
e chama de meu.
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