Olhei para o infinito e revi o teu rosto
Senti a brisa gélida da noite por viver
Noite que teimava em não partir.
Nela revivi os sonhos perdidos de ti
E nela assomou ao luar do meu altar um raio de tristeza.
Esse raio em mim tocou e afuguentei a solidão de ti
Mas nas entranhas entrou a dor encontrada em ti
Apenas perdida no luar prateado do chão do meu ser.
Novamente a brisa em mim tombou
Para sacudir com penas sentidas
Aquela dor imunda e fugidia das loucas noites de solidão
Perdidas na lembrança daquele por quem choram os meus olhos
Lágrimas secas que não escorrem pelo meu rosto
E apagadas pelo sopro incandescente, profundo e reconfortante do universo.
Deus em ti vivido mas nunca sentido
Apenas quando tocares o meu olhar
E a verdade nele semeada pela vida,
Encontrarás o sonho de ti marcado no teu ser pelo sabor do destino
E aí te encontrarás e emergirás no infinito.
Aí o sonho será real.
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