Apenas o fúnebre som que da minha alma ecoa
Encantando o meu ser de sentidas dores
Pois bebi deste cálice e senti tamanhas e imundas cruzes,
E apenas a tua voz acalma esta furiosa ânsia de vida
Acordando em mim o rugido do leão sedento de esplendor
Ergue a sua voz o meu guerreiro interior
E o som daquele longínquo tambor inebria-me de luz
O coração persegue o sinuoso caminho que os meus pés percorrem,
E novamente esta dor me invade sem pudor
Padecendo em mim as suas penas agrilhoadas em coloridos sóis
E estas palavras que me erguem e entoam cânticos de louvor
À vida que me abraça com fervor
E esta revolta que me assola,
Transpira o olhar daqueles que comigo padecem
E renasce em mim a força da esperança que pintalga o meu caminho,
Verde flor, adormecido nas entranhas da Terra Mãe
Fervilhando a minha alma de ofuscante Sol
Estrela brotando amor e me apegando à vida com compaixão
Apagando em mim esta tortuosa dor que me dói
E a lágrima desvanece-se no meu rosto e o meu sorriso,
Somente sorri...
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