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Os deuses roubaram-me a lua do céu
Imensa ela brilhava e encantava
E profundo e intenso aquele desnudado encanto,
A minha alma preenchia.
Cintilantes estrelas semeadas no firmamento
Enfeitiçavam-me e em mim desenhavam
O esplendor da vida.
E a lua que era o meu celestial guia,
No céu deixou de brilhar.
E a inquietação varreu o meu olhar
Num imenso mar de nostalgia,
Onde reina o meu coração.
E roubaram-me a lua...
Só para desvairarem o meu coração.
Por ela incessantemente procuro
Mas no firmamento não a encontro,
E por uma ânsia desmedida sou invadida
Pois no céu estrelado de vida,
Aquela sublime imagem da lua
Ocultou-se dos meus olhos,
Para de uma inebriante saudade me envolver,
E para nela insanamente permanecer.
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