Em ti revejo o meu lado breu,
Asas sentidas e de mim arrancadas
Com golpes desferidos no sentir do meu ser
E tu jamais me encontrarás
Pois o viver na mundana surdez sem horizonte
Abarca a tua alma que inocentemente ignora,
Este embaraçoso sentir jamais vivido,
Por um pedaço desta minha alma
Que ansiosa por desvendar
Este estranho viver que revolve o meu ser
E neste tempo revivido sem limite,
Apaga em mim todo o sentir deste fugaz sonho
Que teima em me perseguir e vorazmente arranca,
Tudo o que em mim resta neste sentir,
E me perco e me encontro sempre imaculadamente
E a minha alma suavemente te recorda
E fogazmente abraçando o horizonte que me envolve
Decidi discretamente procurar-te e encontrar-te,
Nesta folha de papel que transborda a minha alma
E escrevi este insolente poema,
Para delicadamente to oferecer.
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