Numa noite de luar as estrelas disseram-me
Um dia os homens sonharão,
Com essa tão desmedida liberdade
Que o meu coração sempre albergou
E o vento trouxe-me uma canção
Que não a sabendo de cor cantei,
E uma alegria imensa
Brotou do caminho que percorro,
E o rosto dos homens sombreou
Com cores de púrpura incandescente,
E esta liberdade que as minhas vísceras carregam
Alegremente o céu coloriu
Com sonhos desencontrados e pássaros errantes.
E os homens que sem pudor me atemorizam,
A cantaram e buscaram na imensa paisagem
Que verdejante e sem horizonte
Desmesuradamente flores silvestres brota
E que singelamente o meu caminho adornam,
E essa canção de perene liberdade
Que eternamente me conduziu
Salpicou a minha alma de cor esperança.
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