Hoje desejei pintar a minha vida.
Peguei em folhas brancas e num lápis de carvão. Pensei… a minha vida deve ser colorida então troquei o lápis de carvão pelos de cores.
Pintei o céu de azul límpido, o sol de um amarelo radiante. Chovia e a chuva interferia com o meu desejo, tal não podia permitir e contrariei a realidade, meu desejo da vida é colorido.
Continuei, desenhei o mar e senti a areia nos pés. No horizonte um barco, azul e branco, singelo na aparência robusto na composição, é nele que um dia percorrei o mundo.
Mas, minha vida também são montanhas, tal qual um carrossel, subindo e descendo as encostas, encantadas de flores multicolores e em minhas mãos os lápis saltam de cor em cor. Faltava o rio, imaginei-o manso na sua natureza, sem perigos escondidos, na sua margem árvores verdejantes e acolhedoras onde descansarei.
Meu lar, uma casinha de paredes brancas, telhado laranja, rosas ladeando a casa e um pequeno alpendre onde me sento com Zeus meu fiel companheiro canino. É lá que me encontrarei e tudo fará sentido, contemplando de um lado o mar do outro a montanha, os lados de uma vida que insistindo a ser a carvão contrario com as cores da natureza.
Hoje pintei a minha vida, amanhã irei ter com ela.
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