Espelhos

Descobri um sentido na insegurança, um receio sem fundamento. Pessoas, á minha volta, á nossa volta. Todos nós com receios sem fundamentos. Inseguros e sozinhos num labirinto de espelhos, todos nós espelhos e reflexos vazios. Não consigo ver além do que me deixam ver, todos nós podemos ver além do que nos é permitido, mas no entanto nos deixamos ser crucificados num sonho que nada mais é do que uma ilusão, uma prisão. Lutamos, diariamente com todas as forças que temos, mas no fim estamos na cruz, feridos e a sangrar tal e qual profetas de tempos esquecidos. Haverá sempre um que nos dará o golpe final, mas não podemos morrer neste sonho. E vamos então continuar, vendados no meio de espelhos, apenas podemos sentir. Tira a venda que te cobre os olhos e sente com todos os teus sentidos e descobrirás a verdade que existe em ti. Eu mato o meu corpo por ti, e através do espelho da minha alma viverei novamente.