Talvez e só talvez
Não haja no universo
Sentimento mais profundo
Do que este
Solidão interior
Aquela solidão da alma.
A constatação fria
Quando sentires
O vento na janela
Escuta-o
E lembra-te de mim.
Sorri,
E eu sentirei
O teu sorriso.
São palavras
Que nunca foram
Depois de navegar
Em águas enfurecidas
Pela tempestade
Já sem forças
Mas ainda vivo
Chego a um mar tranquilo
Penso que tudo passou
Mas cedo,
O som dos teus passos
Ainda ecoam
No silêncio vazio
da noite
E eu continuo a ouvir esse mesmo som
Cada vez que observo a rua
Da janela do meu quarto
Aprende com o silêncio
A aceitar alguns factos
Que tu provocaste
A ser Humilde
Deixando o orgulho
Gritar lá fora.
A reparar nas coisas
Digo que não vou mais chorar
Mas choro
Choro
Pelas saudades que não consigo matar
Quando o meu limite de dor extravasa
E a capacidade de suportar