Carrego não mais que mágoa
Tristeza de um passado, carregado
No presente, sentido no futuro.
A razão do sofrer: não ser amado.
O que sobra de mim, ó morte? O teu silêncio é a minha resposta. Embora eu não goste, aceito; Mas embora eu não ame, desejo.
O olhar tortura-me, a concentração Desilude, sem deixar orgulho. Peço um carinho, devolvem-me Inveja. Em mim um ruído, barulho Irritante, sem dó de mim,
Somente o dia coincide o passo Vagueio, ouço os clandestinos, ignoro. Todos os dias morro, sem morrer E agora peço a morte, sem morte.
Amor, sem definição certa. Amor,
Tal como eu o sinto por ti.
Amo-te, mas sem precipitações
Observa o nascer do sol, sorri, sem razão.
O quanto gosto de ti, complicado.
Homem vil, ríspido, ordinário,
Escassez de amor nesse olhar, indelicado
Se não fora a proteção, intelecto extraordinário.