Livro Objecto.
2014.
Artelogy.
O homem que não conheço
Aprende-me
Acaso
Um dia
Cura (des) preocupada
Adesivos,
passamos os dias
a mudá-los de sítio.
MÃOS MINHAS, MINHAS MÃOS
Tens as mãos tão leves
tão inquietas.
Deixo-me ir
desafogada de qualquer leito.
Finjo não sentir
este arrepio
BEIJO PROMETIDO
Mordo os lábios.
Cravo o teu sabor,
separo o trevo do joio
e és pedaço azul,
papel amachucado.
Mordo os lábios
na certeza
SAPATOS LEVES
Volto a casa
com o cheiro do teu sorriso
impregnado
na medula dos meus sentidos.
Respiro...
cansada,
extasiada.
DEDOS AUDAZES Hoje apetecem-me os teus dedos corroídos pelo medo, interesseiros, grosseiros, minuciosos, audazes capazes. Hoje
LEVA-ME A PARIS, MEU AMOR Leva-me a Paris, meu amor. engana-me... desse jeito leve e aluado. Engana-me... com as palavras certas, indecisas,
VONTADES Apeteces-me de quando em vez de sorriso aberto, caminhar torpedo e indeciso. Apeteces-me nesta tarde solarenga Apeteces-me (agora)
METADES Sem ti sou morna metade normal... Deixa-me queimar, delirar, estrebuchar perder o juízo endoidecer…
JAZZ AQUI Ofereço-me em pautas, em notas, em melodias, (Não me lês) Improvisas!
AGORA Não quero café quero que me bebas em pura cafeína.
QUE ME POSSUAS, LEVEMENTE Era lá que te que mais cedo ou mais tarde te encontrava a olhar para mim, encostado ao teu corpo, habitado pelo meu.
DESLIZES Quero dizer-te coisas ao ouvido coisas sem sentido. Pegar-te na mão, cheirar-te o cabelo, desenhar-te em mim. Sem planos
BEIJO PROMETIDO Mordo os lábios. Cravo o teu sabor, separo o trevo do joio e és pedaço azul, papel amachucado. Mordo os lábios na certeza
PÕE-ME NUA, TUA Despe-me o ego altivo, crescido. Despe-me o sentido... Despe-me contigo! Despe-me gota a gota num trago só. Despe-me,
CHUVA CRESCIDA Dizes, sem receio: choverá pelos teus dias... Em certeza te digo, sem receio: Tenho o arco-íris e o meu sorriso. Que chova...
SAPATOS LEVES Volto a casa com o cheiro do teu sorriso impregnado na medula dos meus sentidos. Respiro... cansada, extasiada.