Geral

 

Auto-Retrato

Sou o Júlio Teixeira,

A minha vida é brincadeira

Às vezes é uma guerra

Numa zona sem terra.

 

Sou africano, nasci em Angola,

Benguelense de raiz.

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Eu

 

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VONTADE DE FILÓSOFO

VONTADE DE FILÓSOFO

Enquanto penso
com inocência,
louco, me perco
em indulgência,

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Um Enredo

E naquela porta

Tua sombra.

Você se foi

Mas, ainda continua ali.

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DIZ QUE NÃO MEU IRMÃO

Meu irmão, meu amigo,
Nunca te deixes subestimar,
Por nada nem por ninguém.
Nem tampouco te cortem as asas
Dos sonhos, da vontade ou da vida,

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CHUVINHANDO

Não são tormentas nem tempestades

Não alagam nem afogam

São bátegas que vêm e vão

Umas vezes deixam outras não

O sol brilhar e aquecer

Molham e deixam rasto

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MULHER VULCÃO

És pecado original proibído

de olhar fatal perturbador

que penetra fundo e embriaga

deixando em êxtase todo o sentido,

tens fogo que lavra num ardor

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CIRCULOS QUE SE TOCAM

 Não prevendo na lógica
 Ou na metáfora dos números
 Vamos percorrendo no tempo
 Desta passagem pela vida
 Caminhos e percursos próprios

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NA PASSAGEM DO TEMPO

O tempo marca as marcas do tempo
Que numa viagem sem destino se prolonga
Caminhando, vagueando ou correndo
Segue seu percurso sem esperar

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DIGNIDADE

Do passado,
Não importam as árvores que plantei
Se as reguei com suor ou lágrimas
Se as descurei ou desvalorizei
Por descuido, não por menosprezo

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O PIANO

Ao entardecer

o som do piano pela sala desliza

suavemente!

E o piano chora

o piano sente

o piano sabe e fala

de sentimento

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LUA CHEIA

Olhando a imensidão à minha frente

vou caminhando na areia molhada

 

Por entre farrapos de espuma, dispersos

iluminados já pela luz do poente!

 

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CANÇÃO DO MAR

Vem sentar-te comigo

nesta tarde calma à beira mar!

 

Vem ouvir o som dos búzios

a canção do mar, vem escutar!

 

Maria Correia

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O REGRESSO DO OUTONO

Ah, estes ventos outonais

ensaiando sua dança

com as folhas.

 

Brincando pelos caminhos

se demorando em caricias

e carinhos!

Maria Correia

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NOITE DE VERÃO

Era noite de verão

um som de flauta doce, triste

fazia-se ouvir...

Enquanto a água corria...

e nos salgueiros o vento

ondulando levemente!

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PRIMAVERA EM FLOR

Exultante a natureza expressa

a mais bela linguagem de amor!

Mágicos os campos, resplandecentes as planícies

de matizes e cor!

 

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Memória das memórias

E de alguma forma,
Vivemos mergulhado na memória, 
Pois ela não deforma, 
A verdade da história. 
As memórias não mudam,
Mesmo que as pessoas não perdurem.

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Meu Eu

E ouvi

Teu canto como um encanto

E não esqueci.

E hoje

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Rico pomar

A Educação é um rico pomar

E o professor, a árvore mais linda.

Seus alunos são frutos no ar

Pois este os orienta à vida!

 

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Embondeiro

O professor é um embondeiro,

Seu tronco é a educação:

Conhecimento rico e verdadeiro

Que fortifica uma Nação.

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Criança de Guerra

Criança de Guerra

 

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Enfant de Guerre

Enfant de Guerre

 

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E fui feliz

E naqueles dias...

Brinquei junto à estrada de terra batida

Ao centro daquele caminho

O capim dividiu algumas idas e vindas

E fui feliz

Naquela feliz era.

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Será bruxaria?

Esta revolta interna que castiga e massacra minha alegria

Ao instante do dia a dia arrebatando-me em melancolia

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A vida em mim

Aquele silêncio ruidoso impossível de calar.

A gota frágil que cai,

Que bate fortemente partindo, quase, a janela,

Soando como uma bateria.

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Apenas voar

Vivo neste conflito

E por causa deste dito

Ao dia a dia

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Um Presente

Chegou teu presente

É uma caixinha

Bem embrulhadinha

Lindinha

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sem título

ainda procuras
quem te incendeie o coração
com a facilidade do voo
de um avião de papel, quem
te permaneça nas horas
lentas
e se despeça com uma saudade

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sem título

a boca manchada de sol, um mel
na ponta dos dedos perfaz os alicerces da noite,
confunde-se na saliva extinta, envolve-se
nesse lodo ambíguo
de solidão onde me insurjo:

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sem título

os corpos perdidos -
sem nexo - onde
a artificialidade da fala
rompeu o olhar madrugador e a ausência
trazendo à superfície a mágoa do rosto

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