E de alguma forma,
Vivemos mergulhado na memória,
Pois ela não deforma,
A verdade da história.
As memórias não mudam,
Mesmo que as pessoas não perdurem.
ainda procuras
quem te incendeie o coração
com a facilidade do voo
de um avião de papel, quem
te permaneça nas horas
lentas
e se despeça com uma saudade
a boca manchada de sol, um mel
na ponta dos dedos perfaz os alicerces da noite,
confunde-se na saliva extinta, envolve-se
nesse lodo ambíguo
de solidão onde me insurjo: