Hoje sonhei contigo. Estavas ridícula. Ao ponto que eu cheguei em ter de te sonhar para estar contigo. É deprimente sonhar-te, é estúpido. Ficas pindérica nos meus sonhos.
A solidão é sempre menos sentida quando a luz do anúncio de néon do prédio em frente se acende e entra através da persiana semi-aberta, da cortina fina quase transparente, acomodando-se na sala, no
Imagino o que faria se à minha frente se estendessem as águas cinzentas de onde se eleva a Orsunde. Ou quanto tempo demoraria a contemplar as paredes de Rosenborg.
Sabes do que tenho mais medo? Do tempo. Não sei se alguma vez te deste conta mas o tempo não é apenas esta condição pertinaz da vida, sempre indiferente a nós, aos nossos sonhos ou vontades. Não.