Soneto

 

RÉU E QUEIXOSO

RÉU E QUEIXOSO

 

Quem disser, que amar é só proveito,

É porque nunca amou, provavelmente,

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ROSEIRA CHOROSA

ROSEIRA CHOROSA

 

Chora a roseira pétalas saudosas,

Como quem chora um último adeus,

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Dança de Fogo

Traças linhas laranjas no ar

Queimando nada e, no entanto,

No meu peito escrevinhar

Em fogo, em escara, o seu encanto.

 

Para sempre deusa, bailarina,

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Parados no Areal Imenso

Parados no areal imenso,

Sob o sol ardente que beija

E morde através de cabelo denso

Os sonhos estivais que a alma deixa

 

Que cresçam torradas no ser

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NO LABIRINTO

~~NO LABIRINTO

Sozinho, ando eu no labirinto
Dos sentimentos, que se atropelam,
Sigo pelos trilhos, em que eu sinto,
Que, ao fundo, alguma luz revelam.

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A NOSSA SINFONIA

Rodopiaste, leve, p’lo salão,
Com a leveza própria d’uma pena…
Sorriste-me, segura, tão serena,
Que deixou de bater meu coração!

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NAUFRÁGIO

Na noite naufraguei em mar revolto,
Sem ver, por vezes, o teu areal...
E o pânico é muito, o medo é tal
Que agarro esta jangada e não me solto!

 

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SOLTEM-SE AS PALAVRAS

Palavras que calei, falai agora,
Revelai sonhos meus, risos e dores,
Contai a quem dedico meus amores,
Dizei os nomes que deixei de fora…

 

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FILHOS DO POETA

  • Os poemas são filhos, são gerados
  • No seio das palavras que seduzo…
  • Não as poupo, e delas não recuso
  • A oferta dos filhos tão amados!
  •  
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O SILÊNCIO

Deixa que meu silêncio, meu amor,
Te diga, no silêncio que é tão nosso,
O que dizer-te quero mas não posso,
Que a força do silêncio é maior...

 

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O SOL

~~O SOL

Dizem, que o sol nasce para todos,
A água lava tudo, quando passa,
Porém, há quem receba o sol a rodos,
Mas pra outros, a água é sempre escassa.

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MEU POEMA

~~MEU POEMA

Deixa que meu olhar se extasie,
Olhando a beleza desse corpo,
Talhado a martelo e a escopro,
E que o possa olhar sine die.

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PÁSSARO NEGRO

~~PÁSSARO NEGRO

Há um pássaro negro que esvoaça,
Que traz desconfiança na penugem,
E lança a confusão onde passa,
Que o incauto engana por lambugem.

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A FEIRA DOS ENGANOS

~~A FEIRA DOS ENGANOS

Na Feira dos Enganos há muito orgulho,
Há muita presunção e até desdém,
Há, pois, pouca verdade e muito engulho,
E falta de amor-próprio, também.

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O SILÊNCIO

~~O SILÊNCIO

Eu gosto de falar com o silêncio,
Em íntimas conversas, à noitinha,
E lhe conto o que da vida penso,
E ouço, se tem ideia igual à minha.

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QUEM AMA O QUE TEM

~~QUEM AMA O QUE TEM

Quem ama o que tem é bom amante,
Porque ama o que lhe coube na sorte,
Não tem outro amor que lh’ importe,
Que esta vida passa num instante.

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O FUTURO

~~O FUTURO

Afinal, o que inquieta é o Futuro,
Mas, há quem viva, sempre, no Presente,
Porque aquele, é um lado obscuro,
Por isso, mete medo a muita gente.

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AMANHÃ

~~AMANHÃ…

Amanhã é domingo, o que m’ importa,
Para mim os dias são sempre iguais,
Cada hora que passa, é hora morta,
Visto que já não volta, nunca mais.

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SERÁ DA SINA

~~SERÁ DA SINA?

Se a vida é dádiva divina,
Porque será, que as há tão desgraçadas,
Será que é tudo da sua sina,
Ou que não passa tudo de charadas?

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UM SEGREDO

~~UM SEGREDO

Como consegues tu, inda, sorrir,
Com todas essas mágoas no teu peito,
Como consegues tu, esse teu jeito,
Que não consigo, mesmo, definir?

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OH!| BRANCAS NUVENS

~~OH! BRANCAS NUVENS….

Oh! Brancas nuvens, que no céu passais,
Alheias à dor e ao sofrimento,
Que cavalgais a aurora nesse vento,
Donas do tempo e dos temporais.

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MIRADOURO

~~MIRADOURO

Quando chegar àquele miradouro,
De onde se abarca a vida toda,
Donde já se vislumbra o vindouro,
E onde o presente se acomoda,

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ESCREVO-TE

~~ESCREVO-TE…

Escrevo-te estes versos, pra que saibas,
Que o meu pensamento está contigo,
E por entre a solidão e as raivas,
Ainda és um porto d’ abrigo.

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Bombeiros

Será só da natureza ardente pelo calor extremo do verão

ou também  do descuido do homem com a mata e floresta?

Então porque se encontram vestígios criminosos pelo chão

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UM NOVO SER

UM NOVO SER Escrever um poema, é como quem pare, É como, quem traz à luz um novo ser, É como, se sentir triste e cantar, E dar a sua dor, a conhecer.

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ESTE MEU FADO

ESTE MEU FADO Andei junto ao mar, como certo dia, Contentes caminhamos, lado a lado, E as ondas, que aquele mar trazia, Eram o nosso tapete debruado.

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O QUE SE SENTE

O QUE SE SENTE Não fiques tão perturbada, Por coisas tão triviais, Choras por tudo e por nada, Oh! Monte dos Vendavais.

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AS NUVENS

AS NUVENS Olhei as nuvens no céu, Tantas figuras, lá vi, Todas envoltas num véu, Tanta coisa descobri.

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A GARRAFA

A GARRRAFA Estava aquela garrafa flutuante, Em luta para chegar ao areal, Ficaram meus olhos presos, nesse instante, Na acérrima luta desigual.

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