Soneto

 

No mar...

Subjacente à condição emblemática

Prostro-me, rogando-te a força tua,

Naufrágio de areia mole e pele nua,

Sacio-me na tua fome carismática.

 

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MAR ETERNO

Dedico a Minha Mãe ( hoje 6/12/2015 faria 100 anos...)
MAR ETERNO

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MAR ETERNO

Dedico a Minha Mãe ( hoje 6/12/2015 faria 100 anos...)
MAR ETERNO

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RODA DA FORTUNA

RODA DA FORTUNA

Há muito que tento chegar à fortuna
Para me dar uma volta nesta roda
Pois no bairro da vida está na moda
Bater-lhe à porta… E ela só tem uma

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A MINHA FLAUTA

A MINHA FLAUTA

Tomei a flauta para tocar a vida.
Desci do berço e fiz-me ao jardim...
Tirei das flores pétalas sem fim,
Que espalhei sobre a rota escolhida

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O DIABO ME CONFORTA

O DIABO ME CONFORTA

Até o diabo a mim me conforta!...
E muito afável me convida a entrar
-Entra…Entra…Vem aqui desabafar…
Se em desespero lhe bato à porta

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POEMA ENTRANÇADO

POEMA ENTRANÇADO

Para me conheceres a poesia
Pisa as pedras que atrás deixei
E abre cada porta que fechei,
Mas levanta-te onde eu caía

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ESPERANÇA

ESPERANÇA

Estava perdido na escuridão,
Sob o manto negro do pensamento.
Bebendo lágrimas do meu lamento...
E a tropeçar nas pedras do chão!

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ESPERANÇA

ESPERANÇA

Estava perdido na escuridão,
Sob o manto negro do pensamento.
Bebendo lágrimas do meu lamento...
E a tropeçar nas pedras do chão!

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O PERDÃO DA TERRA

O PERDÃO DA TERRA

Das lágrimas da Natureza em pranto
A chuva dum inverno frio e agreste
Cai do céu e o vento uiva e investe
Sobre a serra no eco do seu canto

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FERAS

FERAS

Estou cansado!...Dobrado mas não caído.
Abatido pelo peso da floresta,
Das serpentes e das hienas em festa,
Mas como o leão, não estou vencido!...

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Roseiras

ROSEIRAS…

As roseiras que deram rosas
No jardim do meu tempo,
Secaram!...

Desfolharam pétalas no vento
Que seguiram no firmamento
Para rumos incertos!...

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Roseiras

ROSEIRAS…

As roseiras que deram rosas
No jardim do meu tempo,
Secaram!...

Desfolharam pétalas no vento
Que seguiram no firmamento
Para rumos incertos!...

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O valor das mãos

As mãos são lindos instrumentos,

Órgãos mui agradáveis

Pois em quase todos os momentos

Elas são sempre indispensáveis.

 

Permitem-nos fazer tudo,

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Soneto da chuva

Mais um dia foi aproveitado,

Mais uma noite é convidada

Para acalmar a gente deitada

Que teve um dia agitado.

 

O clima esteve saudável,

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O Tempo

O tempo corre sem parar

Na dinâmica da História,

Onde está sempre a marcar

A nossa humilde memória.

 

Surge do mistério,

Cresce da necessidade,

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Não desejes crescer

Talvez um dia compreendas verdadeiramente o quanto dói crescer, 
Abandonar tão irrevogavelmente essa inocência na qual tanto nos resguardamos 

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Prece

Especada em pé, de coração aberto, exposto e de tantas pedras que te atiram

As que mais desejavas que voltassem ao teu complexo ser são as que te tiram.

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Reerguer‏

De joelhos esmurrados, punhos cerrados e lágrimas nos olhos
Beijas, choras e soluças sob o mesmo chão que te viu fracassar. 

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Fogo. Gelo.‏

És o gelo que brinca lentamente na minha pele,
E que nela deixa um rasto conhecido e ardente
És o sangue que percorre as minhas veias, quente, 

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Longe

Sei que nem sempre é fácil viver com apenas metade de mim.
Quem me dera apenas trazer as maiores alegrias para o teu mundo. 

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Leão

És a mais ténue luz que ruge dentro do meu pequeno ser. 
Vagueias lentamente nas minhas veias, esperando liberdade 
Indomável, força de um leão que insiste que conseguirá vencer

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Sonho

Sonhei, julgando-me acordada,
Mas quando pela manhã despertei,
Reparei que estava enganada,
Sentei-me na cama, e chorei…

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Amor

As ondas gigantes

Que de nada atrapalham

Fizeram escaldantes

Nos momentos que falham

 

Calma a lucidez

Revoltante de quanto em vez

Serena no dia

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Teatro da vida

Sou uma mera actriz
Neste teatro que é a vida
P’ra que não me saibam infeliz
Represento de forma sentida…

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Memória

Memória

A brisa que, agora, faz

Os meus cabelos levemente ondular

Depressa, ante meus olhos, traz

A lembrança do que viram passar.

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O Fim

Vinde a Morte!
Vinda a Morte à barca!
Trinda dias de má sorte
E muitos anos do mar que marca.

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Rouxinol

Canta rouxinol doirado,

Que tua voz ecoa pelo outeiro,

Petrificando o mundo inteiro

E deixando-me encantado.

 

O que sinto é verdadeiro.

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se algum dia morrer espero estar vivo

se algum dia morrer espero estar vivo

morrer antes da morte é deprimente fado

luto dolente de viver ensombrado

quando partir partirei de mento altivo

 

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Basta já de estar farto e estou farto de bastar.

Basta de poemas, poesias,

divagações em mote e glosa;

basta de revisões e refinarias,

lamúrias em verso e prosa.

 

Bastam já as palavras

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