e quanto mais vazio sentia,
mais me apertavas, num aconchego
enquanto eu pensava que tudo isso não passava de momentos,
como eu preciso, e como tu precisas,
Não me perguntes quem sou tem dias que nem eu o sei. Sou tanto e tantas vezes sou menos, sou quem tem de ser naquele instante. Faz assim, não me perguntes é nada.
A alma parte, o coração deixa de bater e o corpo esfria, e o teu coração fica vazio.
E tu, és obrigada a partir também, seguir em frente ‘dizem’. Mas seguir para onde?
Hoje as mãos rejeitam a caneta, o papel não acolhe as palavras e tu penetras-me na mente e impedes-me de cuspir o turbilhão de emoções com que me invades sem permissão a altas horas da noite.
Espero por quem leia as minhas palavras e entenda a minha alma. E se tu me lês e sentes-te beijado, e se as minhas palavras são respeitadas e não ajuizadas, então é por ti que tenho esperado.