Hoje as mãos rejeitam a caneta, o papel não acolhe as palavras e tu penetras-me na mente e impedes-me de cuspir o turbilhão de emoções com que me invades sem permissão a altas horas da noite.
Tento-me concentrar nas palavras que trocámos hoje, mas foi mesmo sobre o quê?
Apenas me recordo do movimento dos teus lábios e de me perder no teu rosto enquanto dentro de mim combatia a vontade de te encurralar contra a parede e descobrir na tua boca o quanto me queres.
Não preciso de dizer o que quero, a minha voz treme, abandona-me, diz-te tudo o que precisas saber.
Já perdi a conta das vezes que passei a mão no cabelo, fechei os olhos e desejei ter-te a respirar no meu pescoço… desperto para a realidade e só o ar me rodeia.
Quero-te.
Desejo-te.
Desejo tão urgente que não precisa de apresentações.
Deixemos a biografia para outra ocasião, o meu alvo, está no que o teu olhar anunciou, bem debaixo dessas roupas, deixemos as formalidades e vamos alimentar estes dois predadores com apetites irracionais, não convencionais.
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Desejo tão urgente que não precisa de apresentações.
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