Ebook. Artelogy. 2023.
O Juvenal era um menino alegre e muito feliz. Quando tinha oito anos perdeu a sua mãe (Ricardina). Seu pai (Ambrósio), tinha que trabalhar. O seu trabalho não tinha hora: nem de entrada nem de saída. Dependia do tempo que fazia. Não teve alternativa e levou-o para um Orfanato. Foram muitas mudanças na sua vida, repentinamente. Via -se nos seus olhos que o menino tinha perdido a alegria. Nunca se sentiu integrado naquele Orfanato. Sempre que podia, isolava-se no jardim. Esquecia-se do tempo. Tinha um rádio que sua mãe lhe oferecera. O seu refúgio era sempre um cantinho onde podia ouvir música.
Para o seu pai, também não foi fácil. Sem a sua mulher e o seu único filho, a solidão aumentava perturbadora. Um dia não resistiu!...
O, ainda jovem, Juvenal ficou completamente só. Colocou em sua cabeça sair do Orfanato assim que tivesse idade para isso. Queria ser dono de si próprio. Ele sonhou, (nos momentos de silêncio), e guardou-o numa pequena arca, no seu pensamento e no coração. Alimentava esse sonho todos os dias. Ele crescia, crescia!... Tinha fé que o iria realizar. Até lá era secreto. Protegia-o como um tesouro, uma relíquia! Ele era só dele! Dirigia todos os seus passos no sentido de o poder realizar. Nem sequer sabia como iria acontecer nem quando. Tinha fé.
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