Tento recorda-me quando deixei de acreditar, quando esqueci o quão as pequenas coisas são as mais verdadeiras. Tento compreender como fui capaz de me esquecer o quanto fui feliz e o quanto me diverti com essas pequenas coisas.
Quando é que eu morri para elas? O que eu gostava de ter alguém capaz de chegar ao meu lado e responder a esta questão. Que me contasse toda a história, a história da minha vida. Um pequeno e simples episódio da minha vida trouxe-me de volta. Fez-me deixar um emprego que não gostava, fez-me abraçar novos projectos e acima de tudo deu-me novos amigos que me apoiaram e me relembraram o quão importante é dar ouvidos à voz mais importante. A voz do coração!
Agora percebo o quão importante um pequeno gesto pode ser, o quão importante é sair sem destino e deixar que os acontecimentos aconteçam por si só. Acreditar sempre que a bondade nos abraçará e que algo de bom advirá daquele passeio. Acreditar na bondade das pessoas, ouvir as histórias que estão à espera dum Olá para serem contadas.
Relembrei o quão importante é parar e olhar para as estrelas, esquecer que são astros e deixar a nossa mente despertar, deixar-nos levar por histórias como a do "Principezinho" e navegar pela imaginação. Esquecer. Esquecer o quotidiano. Esquecer o impossível. Esquecer as leis do universo. Tudo é possível. Basta que acreditemos!
Despertei para a importância de saltar uma pocinha de água. A liberdade, a sensação de controlo das nossas vidas é o mais importante. Se amanhã ficar doente, se amanhã ficar de cama não importa, desde que tenha aproveitado o momento ao lado dos que gosto. O que vier a seguir virá mas não me tirará o sorriso na cara nem o prazer daquele momento.
Acordei quando voltei a sair à rua em dia de chuva. Caminhei sem destino, deixei-me guiar pela vontade. Calcorrear as ruas, as estradas e a montanha com a água da chuva a escorrer sobre o nosso rosto. O suor desvanece-se nela, as lágrimas desaparecem, tudo é levado pelo seu poder e tudo cura sob a sua atenta guarda.
Será tão difícil esquecer o quanto os outros poderão achar ridículo, o quanto a sociedade nos reprove? Pois bem, que me neguem a inclusão na sociedade, que me virem as costas e me ignorem, desde que eu seja feliz e livre.
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