O vento das palavras.

 

O vento das palavras.

Português

<p>Eu não me encontro mas, também já não preciso de me preocupar. Acho que o tempo já conseguiu curar-me da ilusória procura de quem sou? O que quero, tu e eles! Cheguei àquele momento de pensar que prefiro com toda a certeza, dizer que não importa quem somos, de nada vale sequer pensar no que nos tornamos ou se somos realmente quem dizemos que somos… Afinal, andamos todos a fingir que queremos ser felizes, que queremos amar alguém, que somos todos iguais e que todos temos os mesmos direitos. Olhem em redor e julguem, façam um juízo consciente e quem sabe! eu talvez me encontre. Cada vez mais revejo-me no espelho dos outros e digo por aí que sou diferente, que não sou assim, que sei amar, respeitar, que até sou fiel a minha mulher! Ao meu marido. Ora pois! Já não me bastam às mentiras deste mundo, para agora andar a enganar-me. Já cansei de pisar estrada seca, de ver tantos carros a levantar poeira… A única coisa que sinto é de que tempo urge na necessidade de amar sinceramente. Ele passa muito depressa. É verdade! Prefiro com toda à certeza dizer, que já não me importo, é pura ilusão. Mentimo-nos uns aos outros e dizemos que não! Nunca estamos contentes e andamos a fingir que queremos amar, ser felizes como toda gente, que somos todos diferentes, que somos todos iguais. Olhem bem para dentro do vosso pensamento e façam um juízo consciente e talvez quem sabe! Eu me encontre, se tudo for verdade destas palavras que voam com o vento… Autor: Walter Aguiam.</p>

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