Num reino muito distante, onde existiam muitos castelos e era o berço de muitos imortais, morava um Tolo que queria ser um sábio. Para isto, não media esforços para satisfazer seu ego doentio. Sempre que podia, usava seu faro felino para distorcer as palavras que ouvia de outras pessoas e tentava ridicularizá-las aos olhos dos menos avisados. Tentava com isso demonstrar sabedoria, embora ele próprio nunca lesse o que escrevia, pois se sentia tão inferior que era quase impossível suportar a si próprio. A Imaginação estava sempre por perto e sabedora desses males que acometiam o Tolo, ficava à espreita para ver até onde ia a sua ignorância. O fato é que esses acontecimentos se repetiam e se repetiam incansavelmente e o Tolo não se convencia do papel ridículo que fazia. Certo dia apareceu um sábio e disse a ele que se ele quisesse evoluir como um ser humano, precisava ser mais humilde e ainda acrescentou: um sábio corrige em particular e elogia em público, coisa que ele não entendia, pois por mais que tentasse, jamais conseguiria vencer a sagacidade da Imaginação, que todas as vezes aparecia para lhe demonstrar o quanto era inútil tentar ser um sábio,quando se tem um cérebro menor que uma noz-moscada.
Débora Benvenuti
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um sábio corrige em particular e elogia em público,