Escuto os silêncios no barulho desta multidão. Nestas vozes de línguas estranhas que tanto procuro entender como a seguir desligar para me reabilitar mentalmente.
Aprecio os sorrisos manifestamente ruidosos característicos desta cultura, abraço esta forma de estar. Sinto o seu melhor e o seu pior e envolvo-me com eles, tentando alcançar um outro modus vivendi.
Pincelo rostos com carinho e entro nas janelas que, de alguma forna, me permitem chegar aos seus corações. Olhos, esses, os que me contam sobre a honestidade dos momentos, ou os outros que mentem sobre o que deveria ser e não é. Olhos, os que choram pelo mesmo que eu e tu, olhos que dão o que eu e tu dás...
E aprendo o que muitos, quando desdenham da cultura dos outros, não conseguem alcançar... Aquele que é humilde na sua interacção com os outros, recebe a cooperação e o carinho que todos têm para dar.
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