«Os nossos deuses são poderosos e o nosso país mais forte. Mas este homem é pobre, e precisa de ajuda, farei o que me pede só para alegra-lo, do meio da luz dizia recebe o estrangeiro que te procurara»
Quando tirou a carta do correio, não podia imaginar, que fosse de uma mulher morta, tudo esrito numa caligrafia muito cuidada.
Mas o papel tornava tudo tão definitivo, muito mais definitivo do que as discussões e as lágrimas, a separação, os honorários dos advogados e as manobras legais.
Até que a morte nos separe, pensou ela sombriamente. Que parvoice! Se isso fosse verdade, estaria morta aos vinte e seis anos de idade. E ela esta viva. Viva e de boa saúde e de volta á massa turva dos solteiros. E o amor dela, extinguira-se instantamente como uma luz no momento...
Lá estas tu a falar por entre linhas , é como se eu não entendesse uma parte de ti...
Por mais que eu te junte todos os teus trapos ainda não, consegui vincular-me a esse teu horizonte por onde navegas. Por assim dizer, quando falas dessa maneira! Dou voltas na minha cabeça a tentar descobrir esse teu deslumbramento, pelo encanto de coisas insignificantes e não chego lá.
Eu sei essa é a minha diferença , parece que estou a recuar no tempo, mas afinal, ele ainda não se apoderou de mim. Eu sei que pareço um pouco, ridiculamente romântica! A falar destas coisas e desta maneira , mas a minha visão das coisas vai ser sempre diferente daquilo que tu me queres dizer...
Já tive tantas pessoas, a dizer isto, a dizer o porque, e o não porque, e eu sei o porque, e não porque, de me deixar deslumbrar pela cidade tal e qual ela é. Mesmo que, em, algum momentos ela tenha ferido, um pouco os meus aguçados pensamentos, mas os que eu tenho serão sempre originais. Se são ainda me lembro quando decidis-te gravar aquela música, que não te valeu de nada.
As suas primeiras memórias eram dele, das suas mãos suaves, da sua voz calma, infinitamente paciente Ainda me lembro da musica, ligou a aparelhagem, selecionou o leitor de DVD. Adorava-o, sentira-se quase violentamente orgulhosa dos seus sucessos.
E eu e tu
Perdidos e sós
Amantes distantes
Que nunca caiam
As pontes entre nós...
Esse homem vai ficar sempre na minha memoria,. fora ele que lhe tirara as nódoas negras, que lhe enxugara as lágrimas A todas as pessoas que tu conhecias davas aquele CD.
Sabes bem de quem eu estou a falar.Olha que não.
Eu não te contei essa parte?
Não.
Olha então ainda bem , porque eu já fiz um puzzle a tentar montar esse episódio, mas não acredito , falta me sempre aquela parte em que eu pensava mesmo que ia cantar com ele, quando ele estava a pedir uma voz feminina para cantar com ele esta musica. Deu-me tanto dele, naquele momento que ainda hoje me lembro, da renuncia a mim , para que a musica dele permanecesse naquele lugar. Ainda vagueio por aquele instante em que grande parte da musica que, ele, faz questão de sublinhar como poeta, que sai do interior da alma, de quem já aglomerou uma parte de sofrimento , está bem correcta e mencionada em grande parte das musicas dele.
Desconhecia esse episódio .
Talvez tenha feito um dele-te em grande parte dele, mas este vai ficar sempre no sitio, certo , para que na montagem de todo este sofrimento , seja o lado vitorioso de quem nunca deixou um pouco emoção por ter que renunciar a uma grande parte que me pertencia.
Eu intendo, isso, a minha renuncia em algum momentos para acabar assim, que nem um pássaro que vou daqui para longe, é como se eu subisse , voltasse a descer , olha eu acho que a Sílvia não estava longe da verdade. Existe mesmo em mim esta vontade de ir á lua , e permitindo sempre, que o tempo me traga á terra.
Já tiveste esta experiência, ou nem te passa pela cabeça vaguear, num tempo que já não existe , aquele em que o que prevalecia era a,aventura de uma criança que já só quer vir para a rua , para ter a liberdade de observar, ver os outros a brincar e conseguir fazer o mesmo , sabes aquelas coisa que me mantém bem presa á terra , quando tu ainda acreditas que um vencedor nunca está só , em que a cumplicidade das brincadeiras , fazem todo o sentido , porque tu precisas de tanta gente par conseguires fazer o sorriso , de outras tantas e então lembro-me...
Das brincadeiras, com todos aqueles brinquedos que existiam no meu quarto eram tantos e era como se eles fossem os meus amigos e eu estivesse bem na rua.
Lembras te- das tardes que eu te ligava para te dizer que tinha ido para o campo com o meu pai e eu só conseguia permanecer assim junto da terra e dos brinquedos que eu tinha que arranjar para ter tantos. Lembras- te quando eu chorava porque a chuva tinha destruído o meu forno que eu tinha feito em torno dos meus pés, e os que eu inventava .Tenho saudades de te ligar, para te contar em como já nada me fazia viver tão imensamente, como quando eu tinha aquela idade.
Comentários
"Quando eu chegar sem nada
"Quando eu chegar sem nada dizer
e permanecer em silêncio,
por favor, entenda que só quero estar perto de si.
Se notar que estou a ponto de chorar,
não me diga "não chore".
Deixe que as lágrimas venham
e perceba que eu só não escondo meu pranto de si.
Se eu lhe disser que estou muito triste,
por favor, não diga "não fique assim".
Deixe que a tristeza se esgote em mim
e entenda que para si não preciso fingir.
Quando, finalmente,
eu abrir um amoroso e fortalecido sorriso,
abrace-me carinhosamente,
e diga: "estamos juntos"
e preencha-se de renovada certeza
de que quando os papéis se inverterem,
eu serei para você
o que agora peço que seja para mim."