ESPELHO...

 

ESPELHO...

Português

A virtuosa senhora, estava um pouco atrasada em psicologia, só conhecendo , a dos romances, a sua  mana não se encontrava mais adiantada do que ela, por isso se apressou a concordar, supondo se sincera.

Tem razão querida Maria, hei-de esforçar-me por emendar-se.

Muito direitinha na sua cadeira de palhinha, os dedos sobre o colo, Patrícia fazia de tudo, o possível para observar a atitude de uma Senhora, com quem  se tem conversas importantes...

Ó papá , no meu mais que silêncio de uma criança que o único grito que pode dar é de umas cólicas prontas a explodir , mas por dentro conseguir maravilhar o meu coração  com estas palavras de autenticidade por mim vivida e desnudada nas cortinas do meu ser, já disse que a  Maria  seria a minha mana , mais velha ,e que a Silvia, ocuparia o lugar de mama...

Evidentemente , confirmou a Maria , meneando a sua cabeça grisalha, a dona Silvia deve ser respeitada, sim das mais valias que lhe pertenciam , por um tempo em que o seu retiro, se viria a manifestar mais tarde , e na sua ternura contemplante de um novo começo , para aquilo , que tivera a oportunidade de contemplar e almejando sempre estar junto da minha presença , enquanto dos obstáculos que íamos deslumbrando , na caminhada da imensidão de uma nuvem que se fez presente por breves e longínquos tempos , e com todo o seu coração me fez permitir a ousadia das mais breves palavras . 

Enquanto , naqueles breves momentos saíra , as pérolas , ainda descobertas na sua atmosfera de um amor como desigual.

Mas , na verdade não tencionava, voltar a ocupar-se  do assunto junto da criança. Naquela breve conversa, se cifrarão o comprimento do que prometera essa manhã a seu irmão« ir preparando brandamente a criança»

 

"Um barraco ou chalé, de que me valerá?

Um palácio pra mim, lá no céu haverá! Ainda que no exílio, mesmo

assim cantarei:

Toda glória pra Deus, que eu sou filho do Rei"

 

Sempre que se lhe proporcionava ensejo, contava a Patrícia a história de Joana D ARC «da miserável crueldade» com que os ingleses a mataram...

Criança destemida enquanto mulher capaz de enfrentar as turbulências daqueles que a fizeram tão medíocre, e enxovalharam de um dilema que talvez não tivessem esse direito, mas atitudes desprovidas dos seres humanos , conseguem construir uma historia, onde a dor prevalece.

É pena Maria, não me dar explicações numa linguagem que eu entenda....  Som, de uma dor que ela parece ter junto da minha presença...

Pois põe me a contar historias, na eventualidade de ver o meu coração a bater a uma velocidade, de despertar qualquer retorquía a Patrícia... Apenas um colarinho mais vivo nas suas faces mais brancas e um fulgor nas suas pupilas.

Gosto muito de conversar com as pessoas mais velhas.

Ah, sim?... Porque?... Indiguenou Maria, surpreendida com os sorrisos da Patrícia, como se se tratasse de uma criança, com quem se  tratasse pela primeira vez.

É que nós , os pequenos quando falamos com pessoas grandes, aprendemos sempre alguma coisa. Não se diz pessoas grandes, é pessoas crescidas ou adultas, corrigindo a Maria...

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