~~Estavam a construír o Cristo Rei, Almada não tinha tanto prédio como tem agora e era costume as pessoas passearem a pé para ir ver o desenvolvimento de tal Obra, curiosos por saber o que iria sair dali.
Nessa altura a hóspede da minha mãe tinha ido embora e o quarto tinha passado para um amigo do meu pai o qual não inspirava muita confiança à minha mãe
Uma certa tarde, fomos tal como tantas famílias, passear até ao Cristo rei a pé. Pelo caminho a minha mãe entrou com a amiga dela que nos acompanhava, numa mercearia para fazerem algumas compras!...A minha mãe olhava para mim com olhos reprovadores porque eu mexia em tudo o que não devia.Os produtos das mercearias eram vendidas a peso, avulso, e estavam expostas em prateleiras ou em sacos de serapilheira, por exemplo o feijão e o grão. Adorei meter os meus braços dentro dos sacos de feijão e grão, remexer em tudo e de seguida, já na rua, ouvi uma descompostura.
Em casa, a minha mãe verificou que eu não trazia a minha pulseira de ouro mas não sabia há quantos dias eu já andava sem ela. desconfiou que fosse o tal Torcato pois já tinha sido culpado antes de outra coisa qualquer (e com razão), mas não disse nada. Chamou a amiga e resolveu ir com ela percorrer de novo o caminho até ao Cristo Rei para ver se encontravam o dito objecto pelo caminho mas ...NADA
Então não sei qual das duas teve a brilhante ideia de ir à mercearia, deram volta a tudo e resolveram despejar o saco do feijão.
O que estava lá, o que era?
A minha linda pulseira perdida!
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