Não interessa como nos conhecemos. Estivemos juntos durante meses. Amamo-nos. Tudo começou como uma brincadeira eu e ela, ela e eu. Nós...
Porra! Sempre fui um gajo confiante. Já vi muito camba a apaixonar-se e dar com a cara no chão e sempre disse, cheio de mim, a quem quisesse ouvir, que nunca me iria apaixonar e nem deixar que mulher alguma controlasse os meus pensamentos ou emoções. Como somos patetas quando somos jovens...
Aquela mulher... Onze anos mais velha que eu... Facilmente se percebia que ela já havia passado do desejo urgente de viver e agora estava na fase de contemplar tudo. Ela despia-me a alma antes de deixar o meu corpo nu... Eu mal sabia o que dizer... Um sorriso infantil emergia. Estava perante uma titã! As nossas conversas oscilavam de um assunto muito sério para outro sem importância nenhuma, sem perderem o interesse...
Eu amei aquela mulher! E naquele dia, naquele dia... Rosas brancas (as suas favoritas). Uma surpresa. E ao chegar ao seu prédio, aquele homem a ameaçar-me... A porta da casa dela aberta... Ela ali, vulnerável, em prantos...! Eu a consolá-la... O nosso amor... Começou na sala, acabou no quarto. Tê-la nos meus braços... Adormecer com ela... E acordar. Acordar com os primeiros raios de Sol, abrir os olhos, o corpo relaxado e o sorriso de satisfação nos lábios. Ela ali, deitada em cima de mim, imóvel... Sem vida... Banhada em sangue... Esfaqueada.
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