BDI Janeiro

 

BDI Janeiro

Português

Voltei a ti, ao poeta pendurado no abismo, naquela noite de vento e chuva. Queria que lavasses o meu interior novamente, como há muitos anos atrás fazias. "...mas o remédio não é já o mesmo, não sentes?" tu disseste-me.

 

Mas aqui me encontro, diante ti oh monstruoso ser! Rasga, esventra todos estes sentimentos do meu peito. (como sempre soubeste fazer) Tu continuas aí, rugindo nesse eco imenso, soprando... tentanto apanhar os desprevenidos para a tua boca! E hoje chove... a chuva...

Há vários anos atrás foste a minha única bateria, o único esconderijo, porque não o és hoje? "a semente que há anos plantaste em ti, não é apenas um broto. Limpa a mente, sente, o que vês?" Uma árvore!...

 

Voltarei a ti quando as pedras estiverem quentes, onde me deitarei e tu feito monstro brincalhão, lançarás as gotículas desse teu  mar.

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