Aprende-me

Aprende-me

Sem palavras me dirijo a ti, neste pousar leve das mãos sobre o teclado, na ténue luz que entra pela janela...como se fosse o sol envergonhado a tentar entrar neste espaço sem fim. Ouve o meu silêncio, lê os meus olhos brancos, aprende-me...

Aprende-me...quando não tenho as palavras certas para dizer ou a forma como as dizer, quando os sorrisos não aumentam a alegria, quando paraliso e não sei como recomeçar de novo! Aprende-me...a cada palavra não dita, a cada silêncio, a cada olhar, a cada abraço, a cada beijo, aprende-me!

À noite as lembranças escoam como se de um crivo se tratasse...como se uma melodia as embalasse...numa presença clandestina, numa memória apetrechada, num fugaz contentamento, num relâmpago, num rasgo, numa breve alucinação!

Rompe, tritura as tuas mágoas, num galope de olhares.