“Um fio invisível conecta os que estão destinados a conhecer-se.
Independentemente do tempo, lugar ou circunstância…
O fio pode esticar ou emaranhar-se,
mas nunca irá partir.
– Antiga crença chinesa
Que tens tu? Sim tu, que a mim me pareces tão inevitável.
Que tens tu que me faça voltar a ti quando tudo o mais puxa o meu centro de massa no sentido contrário?
São forças sobre-humanas, que ignoram qualquer lei da Física ou qualquer vontade minha, que me puxam de volta a ti. Forças do destino que não quero encarar? Não sei, talvez. Só sei que os teus braços são ímanes, o teu beijo é magnético e o teu toque é uma descarga eléctrica que me percorre a espinha.
Que tens tu que tem o poder de arrancar de mim qualquer campo gravitacional e fazer de mim um corpo flutuante embora de pés bem assentes neste chão?
Sei o que tens e sei bem do que é capaz.
Tens em ti a outra ponta do fio vermelho que nos une e que tentamos esticar em vão; sabemos que vamos ceder à ideia irracional de encurtar a distância. Por muito que estiquemos, não quebra.
Por mais emaranhado, esta pequena linha cor de sangue tem a força do destino a seu favor, e em pequenos segundos estamos de volta um ao outro.
Divago, dificulto o fácil.
Estou inevitavelmente destinada a ti.
Comentários recentes