Ler-te, é como ter ao meu lado,
Um sonho de que vou sarando,
E a paz do mais profundo campo,
E naquilo que sonhe, sonhasse
Seguindo o meu instinto, mas não
Vamos falar outra vez de mapas,
Antes que me faça caminho,
Desses que levam a toda
E a qualquer outra ignorada parte,
Que não seja o desatino ao vivo
Que me falta nos calos dos dedos,
Nos cabelos grisalhos do peito,
No centeio abrindo um trilho,
No milho moldando ao vento.
(Estranhos recrutas cegos)
Hoje falamos de mapas, forma
Promulgada do que outros veem
Como mutilação, ilusão de margens
De um mundo exterior ao seu,
A julgar pelas linhas da mão ao tempo,
E até onde a vida poderá ir, senão
Fingindo que as sei ler, quando
Lhes dou um momento da minha
Particular atenção …
Jorge Santos (Março 2023)
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