Português
preparo-me de um silêncio alto
- na copa de uma árvore gasta -
para que os teus dedos mal cicatrizados não sangrem de espera.
sabes as intenções de um toque de vento? não? então espera!
ele vagueia nos ares lavrados de uma tarde côncava
que junta as nossas sombras à luz do dia
aproximando, em segredo, as mãos e os frutos
e faz com que a vertigem me arda nos braços, amadureça e caia.
- partindo-se entre os galhos -
repousando nos ramos mais baixos
onde descansam as aves feridas
e suba as tuas mãos, aos degraus,
como quem rasga um vestido teu.
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