Terra do Adeus

 

Terra do Adeus

Português

Neste burgo tão pesado, as esquinas são lapsos;

Memórias quase grafitadas, palcos de tristes abraços.

Quão encharcado é o Agosto regado tão a contragosto

Com gotas caídas do céu ou escorridas pelo meu rosto.

São tantos aqueles que vêm a esta terra só de passagem

E, antes que outros venham também, deixam marcas e seguem viagem.

No saldo destas andanças dos que vêm e vão

Tão só sempre fico eu na terra do adeus.

Mas eu próprio só passo por cá: já tanto me fui e tanto regressei.

E como bom andarilho que sou sei que um dia novamente me irei.

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