Desfiz a saudade em palavras e em cada uma delas redesenhei cada pedaço de ti.
Na “ausência” desenhei os teus lábios para que nos seus traços pudesse contornar a falta sentida que tenho de ti.
Na “carência” esbocei um teu sorriso e ele iluminado encheu de luz cada recanto do meu ser.
Na “distância” delineei os teus braços, para que de forma suave e infinita toda a saudade que me invadisse pudesse sentir um teu abraço.
Na “tristeza” tracei a profundeza de um teu olhar, para que ela nele, se perdesse e eu nele, me encontrasse.
Na “nostalgia” tracejei cada linha do teu corpo, de forma incessante e repetida, recriando assim um doce valsar do teu ser, ao qual eu me pudesse render.
Na “melancolia” pintei o teu rosto, e as cores com que o preenchi eram de tal forma vivas, que a ela melancolia, de nada restou senão desvanecer.
Na palavra “Saudade” redesenhei cada pedaço de ti e em cada um deles tentei-me reencontrar para que assim da saudade, não restasse sequer as palavras.
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