~~QUALQUER HOMEM AO NASCER
Qualquer homem ao nascer,
Nasce de olhos fechados,
Não pode inda entender,
Tantos apertos e brados.
Gatinha para crescer
E tudo é novidade,
Levanta-se pra correr,
Pois, ama a velocidade.
Corre, cresce, amadurece
E de olhos bem abertos,
Caminha apressado e esquece,
Os seus primeiros apertos.
Mas, a luz que o alumia,
Também, aos poucos, esmorece,
E a chama qu’ o aquecia,
Chega a noite e arrefece.
Os olhos que tanto viram,
Vão se cerrando aos poucos,
As energias fugiram,
Os ouvidos ficam moucos.
Nasceu todo enrugado,
Por entre apertos e dor,
E regressa ao mesmo estado,
Quase sem tirar nem pôr.
O que vem, logo a seguir,
Ninguém deseje ou apresse,
Contam coisas do porvir,
Mas, ninguém pode antevir,
Aquilo que desconhece.
LAF05FEV2019
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