Preciso de escrever

«Preciso de escrever…como eu preciso de escrever…nego o tempo se é relativo…mas ainda oiço a meia-noite num mundo perfeito…a simpatia interminável…quando não se avista o Homem Abominável da Neves…quero viver numa fotografia que não passou para o rolo…horas de lamentação…porque não vos posso oferecer círculos…apenas rabiscos tão naturais…quanto um ramo duma amendoeira nua…nublado é o meu céu…humedecido pelo beijo da morte…morde me...morde me…Excalibur…vou te salvar do topo Evereste…escalada a constelação da Mariana Saturno...e o seu fabuloso destino de permanecer inerte…até o seu coração pontapear o cérebro…karma em coma…encarna Atlântica…se tiveres fôlego para tal…quero te ver afogar…e eu não…pois sou um Tritão…a olhar de fora do aquário…nem Júlio Verne…te descreve…com as tuas ventosas desprovidas de absurdo…desprezo?! Antes fosse…agora é frustração…de não ter medo de ficar surdo mas sim da solidão…já nem escondo aquilo que sinto de vocês…parti 1000 espelhos só pode…porque é que chamam de História à consciência da estupidez que temos…não quero dinheiro…repito…não quero dinheiro…minto…quero dinheiro e algo mais…o que será?!Tu és um génio…e eu sou a lamparina…e vou processar aquilo que escrevo por assédio sexual…não penses mal…pensa pior…pois nem todas as horripilâncias que escrevo são capazes de representar a negridão duma alma em solidão…sou tão fraco e tão forte…sou a única forca do universo…coitado do Einstein…morreu sem me realizar…ainda tu pensão em fotões…viaja sim…no tempo…para cometeres o mesmo erro…só me arrependo daquilo que não faço…e do que faço…claro…se tenho problema psicológicos…não sei…mas nós continuamos a andar em automóveis movidos a derivados de petróleo…bela maneira de dizer merda de maneira diferente…é de frente e de trás…da esquerda para a direita…de cima para baixo…e às voltas de 360 graus….4.1 surround …sussurra me ao ouvido aquilo que eu não quero ouvir…pois a pressão não é atmosférica…e as minhas ideias movimentam se através da compressão-rarefacção…»