Por dias esquecidos
lembrados no serrar dos tempos
cabisbaixos
levantando-se, agora, por cravos desenhados nos livros, bocas, armas de coração humanos: regar o dia,
como se de oiro nunca tivessem deixado de ser.
Por dia esquecidos
como data dada à nascença -
lembrança, sentença
marca do para sempre livre viverás, livre: soa-me os cânticos do nascer das nossas almas, feito bebés na maternidade,
no livre livro do florescer dos dias.
Por dias lembrados
esquecem-se as feridas
lambem-se as dores
como de um nada fossem
como se de tudo fossem só um bater.
Por dias lembrados
do ontem até hoje
criam os dias, ensonados pelo talvez desperdício do coração pelo talvez som do incessante motor
como se passado tivesse ficado
desde o dia em que se perdeu uma tal vontade de ganhar.
Por dias lembrados e não vividos
apesar de ouvidos de lembranças, de sentimentos nascem os dias
lembrados de se apenas
(que seja mais do que isso!)
e só apenas mais um dia não lembrado.
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