Quero um abraço dentro do teu abraço.
Quero mais.
E, para isso, quero redimir-te, absolver-te... desculpar-te as maldades.
À parte a minha divindade, queria mais.
Que te quisesses desculpar, que pedisses absolvição.
Quero perdoar pela verdade do entendimento das dores de cada um.
Não quero que o meu amor te desculpe, mas o meu cérebro.
Não quero, com isso, desreipeitar-me. Eu nunca me sei desculpar., perdoar, absolver.
Não seria o mais certo.
Mas gostava, muito, de te sentir perto outra vez, correndo o risco de ser internada num manicónio depois disso.
Porque, ninguém, no seu estado pleno e de saúde mental, quereria algo de alguém tão mau como tu.
E se mau és tu, eu sou bem pior. Que aceito o que és, continuando a amar-te por entre o ódio que me corrói.
Já a indignação se esgotou.
Agora só sei remanescer daquilo que fomos, o que fui contigo, o que pensei teres sido para mim.
Talvez tenhas sido, talvez não. Perdi-me nas tuas mentiras, já não sei o que vivi.
Mas ainda me vem à lembrança um sentimento.
O meu coração só se deve concentrar nele para, todos os dias (não falhando um), me fazer querer um abraço ainda mais fechado de toda a lógica do meu ódio por ti. E querer ainda um abraço dentro desse.
Deve ser porque se lembra de ser feliz, mesmo que na mentira o fosse.
Mas tu não pedes e eu não posso desculpar.
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