Não me livro desta sinistra coisa, feia,
Que se nota e depois esquece, sou fútil, inútil
Até no que consigo descrever, as sensações
Apenas decoram a minha crença e delas não me livro,
Às vezes dou por mim a pensar,
Se terei nascido do lado errado do mundo,
Pois tudo o que faço, já foi feito
E mesmo que rasgue este peito,
Fazendo o que mais sei, não surte efeito,
Se é que é um feito, fazer o que tento,
Se o mesmo foi feito por todos,
Nascidos do lado certo de tudo.
Se tive sete minutos da vossa atenção,
Foi o mais íntimo que vivi em vós outros,
Não o tempo que gastámos juntos, não
Somos dois ouvindo, mas um falando só,
Falar queria eu falar, na língua dos peixes,
Pra discursar sobre o equilíbrio
E me livrar daquilo que é ter peso
E não ter nada pra dizer aqui na Terra
Que seja novo ou verdade, mas aos peixes,
Ah, os peixes sinistros, feios,
Deuses me livrem ... não me livro desses
Peixes.
Jorge Santos (05/2018)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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Não me livro desta sinistra
Não me livro desta sinistra coisa, feia,
Que se nota e depois esquece, sou fútil, inútil
Até no que consigo descrever,
Fazendo o que mais sei, não
Fazendo o que mais sei, não surte efeito,
Se é que é um feito, fazer o que tento,
Se o mesmo foi feito por todos,
Falar queria eu falar, na
Falar queria eu falar, na língua dos peixes,
Pra discursar sobre o equilíbrio
E me livrar daquilo que é ter peso
tudo o que faço, já foi
tudo o que faço, já foi feito
E mesmo que rasgue este peito,
Fazendo o que mais sei, não surte efeito,