Para a eternidade

 

Para a eternidade

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O olhar se virou

 

 

As luzes suavemente se apagaram

Simplesmente foste embora

Essa dor por ti deixada á já tanto tempo

Que com pouco se parece perdura.

 

Longos anos se passaram

Mas a tua ausência é notável

A tua presença é necessária.

 

Na minha mente mantenho-te vivo

Alimento a minha sede de te ter vivo

Ainda consigo ouvir as tuas gargalhadas

Sentir o teu cheiro

Bem como o mais breve abraço

Embalei o teu olhar

Segui-me sobre os teus conselhos

Embora não estejas aqui para mos dar.

 

Quem nega a tua presença

Nega a tua existência…

Dentro de mim alimento a chama da tua vida

Vives e sempre viverás em mim

Permanecerás guardado em mim para todo o sempre.

 

Toda esta saudade

É consequência do meu sobreviver

Encarar uma realidade na qual tu não estavas incluído

Foi difícil,

É difícil,

E difícil será.

 

A cada dificuldade

A cada injustiça

A necessidade de te encontrar intensifica-se

O desejo de te reencontrar perdura

A cada batimento de um coração.

 

Quando o meu mundo estagna

A lembrança do teu último sorriso

Dá-me um novo rumo, dá-lhe uma nova luz

A tua presença é por demais desejada

Trocava o meu sufoco pelo teu respirar.

 

 

Não compreendo a vida!

Não compreendo a morte!

Qual é a razão pela qual devo lutar por esta vida? É simplesmente tão fugaz que não dá para pensar, que não dá para agarrar.

 

Nascemos para morrer

Vivemos para sofrer

Mas a tua existência perdurará para além dos tempos para além do viver.

O teu barco afundou

Mas a tua luz ilumina os céus do mais leve anoitecer á mais estrondosa e negra tempestade.

Toda esta saudade perdura na luta de um teu viver.

 

Chorarei a tua morte até que dos dias

Se façam noites.

Até que as noites sejam iluminadas pelo teu viver.

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