Ode ao (in)génio humano

 

Ode ao (in)génio humano

Português

E em que mares revoltos os nossos olhos se distraem

Como somos sugados pelas tempestades

Revolvidos, remoídos, ruminados no confronto

Da onda com a maré, da água a galgar embarcações

Como nos naufragamos tão ágil e fatalmente

Como corpos boiando à deriva, imóveis

De rabo ao léu mirando o manto imenso da noite

de rosto voltado para o ainda mais absoluto universo

Com uma vontade indestrutível que amaina

No embalar entorpecedor do cântico marítimo

Apenas porque não sabemos mergulhar

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