A todos os que não me souberam levar:
Um enorme obrigada!
Pelos gritos e desconfianças agoniantes,
As iras fulminantes nos olhares criminatórios;
Pelos apedrejamentos mentais
E verdades mentirosas, que mais tarde tonaram no meu mar.
Obrigada por me atirarem ao fosso de mãos nos bolsos,
Sem clemência…
Com um virar de costas cruel.
A vocês agradeço os estalos e empurrões duros,
O abuso da minha mente sã,
Da folha em branco que vos dei para a mão
que riscaram forte com gula.
Mas com a minha borracha consegui delinear me
E tornar o mau no incrível.
Sem vocês e as facadas silenciosas que me foram dando,
Eu não vivia a minha integridade,
Não estaria a procura do certo com o errado,
Estaria sim com o errado a fazer o quadrado do mesmo.
Obrigada por me terem dado para as mãos,
Aquilo que eu precisava para me descobrir,
Para me encontrar e amar aquilo que me criei.
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