O cansaço à dormência
O recomeço à estagnação
O medo enfrentado à paz prestes a cair de podre
Gente que fala a gente que cala
O real ao virtual
Palavras ditas a palavras escritas
A vida ao teatro
Pessoas a caricaturas
Risos partilhados e sorrisos francos, a bocas esgalhadas sem ponta de emoção
A descrição, à vaidade e exposição
A discussão apaixonada de amor ao silêncio do afeto inexistente
Gente crescida e sã, a gente desarrumada e incrédula
Gente que se pensa e respeita a gente que só se apresenta
O confronto à anestesia
A coragem ao ridículo do sarcasmo estéril
A natureza ao cimento
O mar ao rio
Viajar a comprar
Ler a remoer
A pimenta e o sal à falta de sabor
O cheirar, tocar, arfar, ao negar…
Dançar agarrada a um corpo quente e familiar na sala de estar, a vaguear de copo na mão entre o assédio de corpos que desconheço numa qualquer pista da cidade
Dar a receber
Lutar a desistir de mim
Amar-me a amar – te primeiro a ti.
Seguir a optar por ficar no nada
Dizer adeus a ficar presa ao que morreu
Sentir-me viva a dar-me por garantida.
Estar aqui a estar ali
Fazer a dizer
Hoje a ontem e a amanhã
Seguir, partir, experimentar,
E poder voltar com histórias pra contar...
Aos filhos, aos amantes, aos amigos e a quem se sentar e quiser partilhar uma boa conversa numa qualquer tasca de alfama, do bairro alto, da ribeira ou da cantareira, às cinco da tarde à luz do sol ou às quatro da manhã...debaixo das estrelas. Viver...prefiro...viver...
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