O PEREGRINO E A VELA

 

O PEREGRINO E A VELA

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O Peregrino e a Vela

(Mensagem fragmentária de A Rosa do Templo" 

 Edson Aguilar Fernandes F.R.C.  

 À luz da Luz verdadeira

 Eu vejo o que fui e o que sou

 O Ser ao Ser se revela

 Do que eu era muito pouco restou

 Desde o início da jornada no vale

 Ao topo da montanha sagrada

 Muito tempo passou

 Muita coisa mudou

 Ainda, do lado de fora do Templo

 Às portas deste Santuário Supremo

 Eu peregrino, e a vela

 Extáticos, em lótus

 Oro por ela e ela por mim

 Para que a chama não se apague

 Para que a luz não tenha fim

 Estamos muito tempo em silêncio

 Eu e minha luz companheira

 No alto desta cordilheira

 -Te peço pequena chama

 Não me abandones ainda

 Pois eu não te abandonarei

 Um ao outro é tudo o que temos

 E neste momento é tudo

 O que precisamos ter

 Ao nosso redor, o tempo

 Parece não caminhar

 Juntou-se à nós certamente

 Eternizou este instante

 Que ninguém atreveria romper

 Alterno o meu olhar agora

 Entre a vela e os portões do Templo

 Aguardando que um gemido

 Das dobradiças do tempo

 Quebrem o silêncio profundo

 Que aqui tem seu lugar

 No místico tôpo do mundo

 Eu e a vela

 A vela e eu

 Nós dois a esperar.

 

 Assim seja revelada. 

Edson Aguilar Fernandes F.R.C.

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