06.12.2008
Como numa tarde quente de Verão ,
nem o vento abana os ciprestes,
que repousam,
olhando para o alto.
Surge uma leve brisa.
As Folhas embarcam,
sendo conduzidas a seu destino.
Misturam-se com elas, lágrimas,
pequenas gotas,
que seguem seu rumo,
para juntarem-se
ao Mar Salgado.
À beira-mar,
o som da brisa,
em sintonia com as ondas.
Som que vem das tuas profundezas
fazendo parte, como um só, de ti ó Mar.
Traz o sussurro daqueles
heróis conhecidos e desconhecidos.
Trazes as Voz daqueles que conquistaram o Mar,
que tornaram possível
o sonho que vinha do passado,
com as notícias dos que os antecederam.
Fizeram-se ao Mar,
deram a conhecer ao Mundo
as Terras que estavam veladas.
Como viajante invisível
e
misterioso,
cruzaste o tempo,
para contigo levares
as lágrimas de um Povo
que hoje sofre e chora.
Alivias assim seu sofrimento
e, assim também,
levas um pouco desta geração
para de ti fazerem parte,
pequenas gotas,
Salgadas como a tua
extensa água.
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