Quando a cocaína acabou tu pensas-te
"Ir buscar"
Quando a cocaína acabou tu disseste
"Quero voltar"
Quando a cocaína acabou tu quiseste
Voltar a mandar
Quando a cocaína acabou tu murmuras-te
"Nem consigo falar!"
Quando a cocaína acabou tu sentis-te
"Isto é flipar"
Quando a cocaína acabou tu perguntas-te
"Mais para fumar?"
Quando a cocaína acabou tu voltaste-te
"Quero-me é excitar"
Quando a cocaína acabou tu gritas-te
"Estão-me a violar!"
...São vozes!
E nem a dormir te consegues esconder delas!
Cabe-te então a ti controlar o tamanho da fissura no crânio
Por onde deixas entrar essas vozes do degredo
A mim cabe aguentar as tuas detalhadas e paranóicas ilusões ácidas até adormeceres,
No vale dos meus lençóis, mais drunfada que um recluso inconformado tu vais tentando tudo
Tudo, tudo, tudo... Para não seres apanhada...
... Outra vez
E eu não quero saber... Afinal de contas sou igual a ti,
Tu és o meu crack, a minha fissura, és o meu rush, o meu degredo, o meu segredo
E eu sou o teu!
Eu sou teu!
Sou tu...
A ti...
...Amo-te!
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