Português
O homem que matou a Lua
Ao sentir sem saber
De onde vêm os sentimentos
Enevoa uma tela
Que escorre suas pinturas
Sem saber porque chora
A preto e branco
Na imensidão das cores ilustradas.
Não sangra vermelho
O sol
De dia
Não é amarelo,
Nem sequer brilha,
Enganando o cinzento do céu
Por já não saber de que cor foi pintado.
À noite
Enquanto observa o mudar constante da luz da Lua
Com esperança vê a Lua branca
Ao perceber que tem saudade
Rouba-lhe o amarelo
Por perceber a culpa
Pinta-a de laranja.
Por não conseguir viver com a culpa
Sangra e tinge-a de vermelho.
A Lua inundada pela cor dos sentimentos
Veste-se de preto e esconde-se
Daquele homem que a culpa
Do seu medo
Incolor
Mas que mesmo assim
Teima em pintar.
Ricardo Sousa
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