O criminoso
Invadir o meu olhar é proibido
Na minha justiça é crime
Sempre protegida com óculos escuros
Mas, nada vale.
Tu, eras o criminoso principal
O mais forte e temido
Tenho escassas armas contra ti
(na verdade, não tenho armas)
De repente, sinto uns braços,
Ao redor do meu corpo
Olho, imediatamente para o chão
Numa tentativa de escapar ilesa
(muito ingénua, se penso que escapo)
O criminoso está frente a frente a mim,
Posso ver o sorriso dele triunfante
E, sinto uma espécie de droga na minha pele
(o corpo dele sem um cm de distância)
– Oh, não!
A cada passo, torna- se mais triunfante
O meu corpo já não obedece
Onde, andam as autoridades?
Quem, vai deter este criminoso?
O criminoso tira- me os óculos
Estava disposto a tudo
Fecho os olhos pra salvar- me
De nada, adiantou
A força dele, é além da física,
Obriga- me a abrir os olhos
E, é aí que me perco
Aqueles olhos invadem os meus
Debater- me contra, agora é inútil
– Por favor, não!
O criminoso sorri satisfeito
Segura o meu rosto nas mãos
– Porque, tens medo?
Soou com a voz de um anjo
Como pode ser perigoso e um anjo?
Penetrou cada vez mais fundo, no meu olhar
A lei foi quebrada e o crime cometido
– O que, queres?
– A ti!
E assim, o crime passou a ser legalizado.
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