Português
Hoje a noite não tem luar,
mas eu distinguo o o teu vulto
em qualquer lugar.
Conheço cada detalhe do teu corpo
e até posso imaginar as tuas mãos
pelo meu corpo escorregar.
Mãos suaves, macias, delicadas.
Mãos que foram feitas para me tocar
e com carinho o meu rosto acariciar.
Sinto o perfume que se espalha pelo ar
e sei que é você que vem me encontrar.
Saio a tua procura na noite escura.
Sinto o frio que me enregela a alma
e a neblina cada vez mais densa,
só me convence,
que preciso continuar,
nessa busca incessante,
que faz meu coração vibrante imaginar,
na noite te encontrar.
Percebo ao longe,
cada vez mais distante,
o teu vulto se afastar.
Apresso o passo,
quero logo te alcançar,
mas cada vez mais,
de mim estás a te afastar.
Na distância,
me estendes os braços,
e me envolves com teu abraço.
Abro os olhos e percebo
que os braços que me abraçam,
não aquecem meu coração,
porque os braços que me abraçam,
são os teus...SOLIDÃO!
Débora Benvenuti
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